sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Eu estava te procurando, seja sempre bem vindo!!!Deixe seus comentários aqui e espalhe por aí.

Procuro leitores decididos
Ousados e questionadores

Procuro leitores decididos
Que nunca se conformem.
Que encontrem
Um novo jeito
Uma pequena fresta
Um vão que seja.
Para se esgueirar
E ir em busca
De uma nova narrativa
Diferente e criativa.

Um leitor sem medo
De sofrer, ousar e e pensar
Que leia e sinta
Que goste de esmiuçar.
Analisar cada parte.
Que queira aprender mais
Mas aceite, que a gente
Não aprende, nada!
Só enlouquece
Um pouco mais
À cada poesia.

E no dia seguinte
A gente lê novamente
As sensações em linhas
Só para sentir nossos neurônios
Ba-lan-çan-do
Tentando entrar logo
Em sintonia...
E dialogar com versos
Que carregam sempre
“O DNA do poeta-doido !”

Maria Inês Marinho Marques.

MEU ANJO DIZ QUE AINDA NÃO LEU ESTA...

Glória e bem-aventurança.

A fama e o sucesso
Não me interessam
Quero a poesia suave
No cotidiano de cada um
Quero ver pessoas comuns
Poetizando no dia-a-dia.

A glória vai ser, ver pessoas
Crescendo em sabedoria, e
Serem bem mais humanas
Mais puras e dignas ainda.
Amando em meio a correria
Descobrindo encantos na monotonia.

A glória vai ser, encontrar
Pessoas descobrindo o equilíbrio
Entre trabalhar com amor
E descansar solenemente
Convivendo em paz
Com a ausência de calor.

A glória vai ser, coincidir com
Aqueles que convivem com as perdas
E lidam com a saudade
De forma natural e até bela.
Aceitando a distância
Como colheita da liberdade.

A glória vai ser, ver aqueles
Que aproveitam todos os momentos.
Contemplam cada chuva
E a beleza de cada manhã
Como uma pessoa especial
Que tem a fé como alimento.

A glória vai ser,
A glória não vai ser,
A glória está sendo
Está acontecendo agora:
Você está me lendo e levando
Uma grande parte de meu ser.
Você me absorve enquanto lê.
E carrega com você, parte de minha alma.
Isto é a Glória.
M ária Inês Marinho Marques .

DO OUTRO LADO DO ABISMO!!!!

Depois dos enterros, do outro lado do abismo...

Procuro a essência de mim mesma
E encontro!
Eu, e todo amor que recebi
E todos aqueles que amo
Estão em minha alma
Grudados em minha fé!

Este sentimento inebriante,
Me enche de coragem
Então luto!!!
Enfrento uma cidade
E não é qualquer uma
É a quarta maior do mundo.
Enfrento-a com minha vida
minha fé, meu amor
Minha humildade
E o mais sagrado: meus filhos...

Encaro está cidade
Sobrevivo, e
Me sinto de passagem.
Se ela é a quarta, me preparo para
a terceira.
Sem medo, busco viver poeticamente
Cada dia, cada hora
E cada amanhecer sagrado.
Deus me prepara para o caminho
São muitos e lindos.
Não é uma fuga
É meu destino, agora
Sou uma caminhante
Arranquei as raízes
Quando abandonei
Aquela cidadezinha
Lá na divisa com o Paraná
Arranquei as raízes
E aprendi à voar livre...

M.I.M.M.

AO LADO DO ABISMO CRIADO POR MIM!

Mesmo que vc não me conheça bem .
Mesmo que estejamos separados

E nem pense em mim .
Fazemos parte da mesma história.

Estou aqui!Viva
E me sinto bem
às vezes aos cacos
Mas o amor prevalece
Ecoa no silêncio
Na distância
De tudo que eu deixei
Tudo que apaguei
Deletei.
Vazia, ao lado do abismo
Que eu criei.
Vou a um enterro por dia.
Sério!
Enterro o passado morto
E aqueles que se arrastam
E que tentaram me arrastar.

Enterro, as falsas ilusões
O consumismo e as regras.
Enterro tudo que já vivi.
Mas preservo o que aprendi.

Vou à um enterro por dia
Mas esqueço de ficar de luto,
Pois não dá tempo
Então vou me despindo
Jogo a roupa fora,
Junto com as lembranças.
Renego, e vou me despindo
Até de minha pele.

OCA, VAZIA, SEM RECORDAÇÕES!!!

Neuzamaria Kerner,
na décima sexta leva
da Diversos' afins.

Me descobri neste texto,
durante dez anos, construi uma família,
filhos, casa, viagens,
num domingo de páscoa tudo desmoronou,
resolvi, numa atitude alucinada,
vender tudo, me desfiz da casa;
depois, os móveis coloquei
em cada um todas as minhas recordações,
coloquei em cada umtodos os projetos e
sonhos que me sustentaram em pé durante anos
e me desfiz de tudo isso.
Resolvi me libertar da cidade também.
Numa noite, escura e fria
Parti para São Paulo
Levei comigo, algumas panelas,
Dois colchões, alguns livros
Eo filho que quiz me acompanhar
Os outros resolveram ficar
Com o pai, o passado
E as lembranças...
Ralei, sofri, chorei

Agora lendo aqui
Sei porque.
Eu me tornei oca por dentro
Vazia sem recordações
Sem lembranças
Sem passado.
Morri...
Mas, minha sorte

E que não abandonei minha profissão
Sou professora, educadora
E tenho a poesia, minha
Companheira.
Foram essas duas
Que me ajudaram a renascer!
Deixar de ser vazia
Abandonar a morte
No meio do caminho
E continuar vivendo.

Carrego em minha história
Esse enorme vazio, que construí
às vezes consigo senti-lo
apenas como uma fresta,um vão.
Más sei que ele está bem do meu lado.

Agradeço ao Fabrício Brandão
Por me ajudar a me conhecer melhor
Sem ao menos me conhecer...