sábado, 18 de agosto de 2007

AGORA FINJO...
Finjo que entendi
Aquilo que ensinei
Finjo que aceitei
Aquilo que a vida me fez
Finjo que engoli
Aquilo que me permiti.
Finjo que suportei
As feridas que arranjei
Finjo que compreendi
A insegurança que vivi
Finjo que sou anjo
Que tenho amigos
Que tenho carinho.
Finjo que posso te ferir
Que não vou pedir desculpas
Finjo que não vou
Esconder minhas poesias
Finjo que não fervilho
Em pele e espírito.
Finjo que não vou
Te pedir perdão
Perdão por te cortar
Com meus versos fingidos
Em palavras de dissabor
Ou puro desgosto mesmo!
Maria Inês Marinho Marques.

2 comentários:

Edson Marques disse...

.

Como expressão poética teu verso é perfeito.

Redondo, cristalino, puro, seco e cortante - sem deixar de ser amável.

Mas, como espelho do real, me parece desnecessariamente modesto.

Você jamais precisou fingir.

A autenticidade é tua marca feita a fogo, luminosa e doce.



Já sou teu leitor!


Abraços, flores, estrelas..

.

Unknown disse...

Achei muito bommmmmmmmm rs....